terça-feira, 15 de julho de 2008

Do Relento ao Sucesso.

Foi assim que a história dele começou.
No princípio não se via algo a mais. Grande engano.
Todos nós temos algo a mais. escondido talvez. Inexistente jamais. Só era preciso encontrar o que se sabia estar lá.
O primeiro contato até que foi amistoso, mas não dava pra perceber a genialidade que ali se veria meses à frente. Entretanto, pouco a pouco, sua luz própria foi surgindo. Era um comentário aqui, uma boa idéia ali e ele foi sendo percebido e chamando a atenção.
Não de uma maneira produtiva. E isso o fez conhecer o relento pela primeira vez. Entretanto, podia ver o algo mais.
Durante um tempo, o relento parecia ser destinado para ele. Mas, havia algo a mais.
Então de forma inesperada, surgiram bombas.
Investiga um, pressiona outro. Até que chegaram nele.
Foi uma das primeiras vezes em que conversamos pra valer. Eu só queria entender o porquê. E saí da conversa com muito mais do que queria. As lágrimas que saíram dos olhos daquele garoto me marcaram. ajudaram-me a enxergá-lo de verdade.
Vi o algo a mais.
Tinhamos um desafio pela frente. Ajudá-lo a enxergar-se como ele realmente era.
Minto se digo que foi tarefa fácil. Mudanças nunca são fáceis. Mas essa só existiu porque uma família amorosa estava sempre apoiando-o em todos os momentos.
O primeiro passo foi dado. Um erro corrigido. Um adolescente foi restaurado.
Mas por que não tentar vôos mais altos?
O mais legal nessa história é acreditar em alguém quando nem ele mesmo acredita. E isso é a maior recompensa em ser um educador.
Fomos avançando passo a passo. vencendo as barreiras do conhecimento. E como em toda boa conquista de um objetivo, houve um momento em que ele parou. Talvez por causa do cansaço. Ou então da própria insegurança da idade. O fato é que a caminhada parou.
Mas não por muito tempo. Deus tinha outros planos.
Nosso pequeno gênio encontrou-se com outros. Mesma idade, mesmos objetivos, mesma vontade de vencer. E algo incrível aconteceu.
Ele conseguiu.
Ainda que muitos achassem que não, ele conseguiu.
E não apenas a aprovação em algum concurso. Isso foi o de menos. Ele conseguiu crescer. Em caráter, personalidade, no coração.
Hoje, não é mais um aluno. Virou amigo, irmão. E fonte de imenso orgulho e alegria para todos os que o amam de verdade.
E Carlos tem apenas 15 anos.
Já imaginaram o que ele vai ser daqui pra frente?

Gilberto Cardoso, professor de Língua Portuguesa.

Nenhum comentário: