sexta-feira, 30 de maio de 2008

Curta cultura.

Estão batendo em você. Diariamente.
E lhe oferecem curativos para poder bater novamente.
Você não percebe pois está ocupado em não se deixar "manipular " por ninguém. Não nota as correntes, porque são invisíveis. Localizam-se na sua mente, a melhor prisão do mundo. A verdade é que a melhor maneira de aprisioná-lo é dando-lhe uma sensação de liberdade. Quanto mais "livre" você acha que é, mais envolvido na teia fica. O "Múltipla Escolha" não lhe dá alternativas. Retrata uma realidade fantasiosa de um país que insiste em existir, ainda que nunca existirá.
Você engole tudo o que é transmitido ou para pra mastigar? Os Leões, Ratos e outros animais da vida transformam as noites em um festival de bobagens. O argumento usado é que é disso que o povo gosta. Mas como gostar de caviar, se só me oferecem ovo frito? Você até poderia mudar de programa, mas pra qual? O lixo é o mesmo. Só mudam as latas.
Porém, existe o canal proibido. As pessoas passam por ele e viram o rosto. A simples menção do seu nome causa horror às massas populares. A única rede que Tem V alor Educacional não é campeã no Ibope. Entende-se o porquê de tantos cegos no país.
Curta a cultura brasileira, mas não essa cultura curta. A Moldar Te Vamos continua na sua, na dele, na mente de várias pessoas.
Que tal jogarmos bombas nos E.U.A. pra resolver o problema?
É. Essa seria a solução deles. A nossa é outra. A diversidade cultural é boa, traz benefícios. A supremacia e colonização cultural, não.
Abra sua mente. Amplie seu leque cultural, mas guarde o melhor assento para o Brasil.
Nossa terra, nossa gente agradece a primazia.
E, quem sabe um dia, o Brasil possa se vê em sua própria TV.

Gilberto Nunes, professor de língua portuguesa e admirador da cultura terrestre

Chute um professor.

Decididamente, professores não sabem lidar com o país. E o país não sabe o que fazer com eles. Professores são um mal pra sociedade. Um deles passou oito anos governando a nação e pediu que as pessoas esquecessem o que ele havia escrito no passado. Se bem que o povão não leu mesmo os seus livros.
O problema dos professores está na falta do que fazer com eles. Colocá-los pra ensinar?
Não. Isso é pedir demais. Esperar que deixem de ser professores? Impossível. Um professor sempre será um professor. E há deles em todas as áreas, de todos os tipos.
Na TV , eles dominam as audiências. São professores-apresentadores que tem um conselho, uma opinião para tudo. Ainda que não entendam nada sobre o assunto.
É. Você está cercado. E o pior: ainda pode virar um.
Mas a coisa não é tão ruim assim. O governo gosta dos professores. Eles são utéis para manter " o pão e o circo públicos". O povo começa a reclamar, coloca-se um professor para falar. Ou cantar. Ou dançar. As possibilidades são várias.
E para valorizá-los ainda mais, os professores ainda geram alunos que serão professores mais adiante.
E um ciclo é formado. E pode ser quebrado.
Os estudantes devem " chutar" os professores. Valorizar os educadores, que são uma espécie cada vez mais rara. Mas procurando dá pra encontrar. É o caso do Brasil.
Porém, o quê esperar de uma nação onde o presidente não é um professor, mas age como se fosse?

Gilberto Cardoso, estudante de Letras da UEMA e educador da Escola Padre Maurício

Cansou de ser otário?

Você vai dizer que sim. Vai afirmar com toda certeza que nunca foi otário. Mas tudo bem. Os otários nunca reconhecem que são, pois se reconhecem deixariam de ser.
E você é um otário, Nos somos otários. Ou pelo menos, querem que sejamos. Sendo um fica mais fácil sustentar o sistema político desigual do país. Usam as escolas como instrumento de comodismo e conformação. Querem barrar seus pensamentos ou então direcioná-los para uma atitude conformista. Para, que você acredite que está tudo bem e não lute pela mudança.
Por essa razão, tenha sempre uma postura crítica. Avalie o que você ouve ou lê. Aqueles que ensinam não são donos da verdade e podem usá-lo para manipulá-lo.
Os otários são as primeiras vítimas do monstro caolho, um verdadeiro camaleão programado para programar você.
Um país de otários nunca vai avançar: Vai continuar sendo cadeira para outros sentarem.
Não seja mais otário. Abra os olhos da mente. Não engula tudo aquilo que lhe oferecem.
Os otários acreditam que o país precisa “mudar”, mas não participam da real mudança. São corruptos nas pequenas coisas e alimentam redes que manipulam a sociedade.
Mas todo otário pode avançar. Pode ser curado da “Otarice”. Entretanto, os otários existem porque tem um papel fundamental na estrutura da sociedade. Sabe como é. Otários não pensam direito, mas votam certinho.
E de otário em otário formamos uma nação subdesenvolvida.
Nós podemos ser otários, mas vamos continuar?
Chega! Cansei de ser otário! E você?

Texto escrito por Gilberto Nunes, Professor da Escola Padre Maurício e estudante de Letras da UEMA(gilnunes16@hotmail.com)

Se não fosse o soldado...

"... A paz queremos com fervor.A guerra só nos causa dor..."

Gênio. A pessoa que escreveu este trecho do hino do soldado é um tremendo gênio. Nunca uma música retratou tão bem a realidade daqueles a quem ela se refere.
Numa guerra, quem vai pra linha de frente é o valoroso soldado, que é sempre o primeiro a morrer e o último a ser lembrado. Datas como o "dia do soldado" servem pra exaltar o "amor pela pátria", mas esquecem de dizer que a pátria tem "amos". Senhores da guerra que ficam em seus gabinetes traçando planos de batalhas, enquanto soldados vão pro campo, derramar o sangue que servirá para estabelecer, geralmente, o domínio de uma nação sobre outra. Infelizmente, isso acontece porque a "indústria da guerra" movimenta enormes quantidades de dinheiro no mundo. A guerra gera lucros e por isso é constantemente alimentada.
E no final da batalha, quem se dá mal mesmo é o soldado, que morre distante da família, dos amores, do lar. Movido por um sentimento de "amor à pátria". Levado a resolver com armas conflitos que em sua maioria poderiam ser solucionados no campo político.
Entretanto, é isso que os governantes querem: pessoas que lutam no lugar deles, enquanto os mesmos estão se beneficiando dos prazeres que o poder oferece.
E é claro que os soldados devem ser lembrados, mas não como aqueles que morreram em uma guerra desnecessária ( se é que existe " guerra necessária" ) e sim, como seres humanos que tem um valor imenso e não deveriam dar a vida, enquanto os comandantes protegidos em seus escritórios elaboram novos e práticos jogos de guerra.

Gilberto Nunes, professor de Língua Portuguesa da Escola Padre Maurício e estudante de Letras da UEMA.

Venha para o P.D.C.

Seguinte: O Maranhão está no rumo certo, nosso município caminha para o progresso e o país finalmente entrou num verdadeiro processo de mudança. Pronto! Agora vamos repetir isso várias vezes até virar realidade.
Não! Eis uma idéia melhor: apenas mentalize o que você leu acima. Tenha pensamento positivo e num passe de mágica o sonho vira realidade. Peraí, e se não virar?
Bem, então é necessário ver o que não querem que você veja.
O Maranhão continua debaixo dos mandos e desmandos de um mesmo grupo político oportunista, ganancioso, que apóia todo governo que vai beneficiá-lo. E a mesma visão temos nos município da ilha. Asfalto é bom, mas não é tudo. O negócio é que obras faraônicas dão Ibope e são um belo painel de trabalho.
No Brasil, as obras públicas funcionam assim: se não super-faturadas ,são super-valorizadas. Não investe-se em algo duradouro, como a educação. Educação não dá ibope. Traz é dor de cabeça.
Já imaginou? Como vão ludibriar um povo educado? Por isso gasta-se reais em propagandas, músicas, campanhas. Tudo para acreditar que as coisas estão melhorando. E se eu achar que tudo está bem, porque vou querer mudar?
Vamos lá. Seja um chato. É melhor do que ser mula, que carrega nos lombos as trapalhadas do Lula. Formemos um partido. O P.D.C.( Partido do Contra).
Não vamos ter plano de governo. Seremos apenas contra tudo o que está aí. E quando repararem na gente, começaremos a emitir opiniões.
Se não tivermos nenhuma, paciência. É melhor calar do que falar demais. O PT está aí pra servir de exemplo.

Gilberto Nunes, professor de língua portuguesa da Escola Padre Maurício e estudante de Letras da UEMA ( gilnunes16@hotmail.com)

Querem matar o João!

Pobre João! Nos últimos anos anda tão comentado, anda tão badalado. È o João do Maranhão. Mas será que realmente é o João? Ele parece um pouco diferente. Ficou mais modernizado, virou produto de exportação. Sim. E que problema há nisso? O João não é o que temos de melhor? Vamos pensar um pouco, olhar além da aparência que nos é apresentada. O João que é cultuado é o original?
Nos tempos atuais, "pequenas inovações" tem descaracterizado o João. Para levantar as coisas, tiramos algumas. Roupas, por exemplo. Colocamos uma pintada de sensualidade ( para alguns necessária) nas coreografias das danças. E pronto! Temos um João renovado.
Ei! Mas onde é que fica a preservação da cultura da terra?
Não fica! Para atender as "exigências do mercado" precisamos "endireitar" a cultura, torná-la mais comercial.
É por isso que estão matando o João. Não fisicamente, mas na essência. Tirando dele aquilo que que lhe é próprio.
É preciso preservar o João. Ele guarda a cultura do Estado. Em meio a tantos grupos musicais com nomes esquisitos é complicado preservar os ritmos da terra. Ou alguém aqui ( incluído-me) conhece, decorada, uma toada legítima?
E o pior: Ainda usam o João para esconder a realidade.
Pobre João. O que será dele no futuro?
Aliás, João tem futuro?
Pense nisso!


Gilberto Nunes, estudante do curso de Letras da UEMA e professor da Escola Padre Maurício(gilnunes16@hotmail.com)

" Coação de estudante..."

A onda do momento é apoiar os movimentos estudantis. Sua carreira política não vai bem? Apóie oe estudantes. Sua imagem de político honesto foi arranhada? Não tem problema. Financie festividades para os estudantes.
Eles são de grande utilidade. São novos. Dispostos a lutar por uma causa ( ainda que não a conheçam direito). São fáceis de serem comprados. Os estudantes são a solução para a crise política do país. Pelo menos, é o que muita gente acredita.
A maior parte do movimento estudantil não é estudantil. É político. Em vez de lutar pela educação, anda segundo os ditames do patrão. Um bom exemplo é a postura da UNE ( União Nacional dos Estudantes). O atual governo conta com o apoio dela. O mesmo governo que gasta bilhões em pagamento de juros da dívida " eterna" trata a educação de maneira vergonhosa.
E o quê isso tem a ver? Simples. Movimentos estudantis devem lutar pelos estudantes, sendo automaticamente contra as medidas do governo, que geralmente não são em favor daqueles que realmente precisam. Os estudantes tem uma história de luta no país. História que é manchada pelas ações de grupos políticos manipuladores, que pensam no proveito próprio e não no bem da coletividade.
No Maranhão, é claro, não é diferente. Ou você já esqueceu do sumiço do dinheiro da UMES, que estava guardado em cofre? Parece brincadeira, mas isso é o mínimo. O que dizer de um movimento estudantil que é apoiado por políticos que no passado foram contra a melhoria da educação no estado? Dá pra confiar?
Caro estudante, não se UNE. Não caia nos costUMES dos grupos estudantis. E neste caso, não AME tudo o que vier pela frente com o rótulo de " em defesa dos estudantes".
Lute por seus direitos, mas antes pense direito.

Gilberto Nunes, professor e estudante de Letras da UEMA e professor da Escola Padre Maurício(gilnunes16@hotmail.com)

sábado, 24 de maio de 2008

Descamisados.

Vende-se uma camisa. Bela estampa. Uma utopia no ramo das confecções. Junto com ela oferecemos o kit "orgulho nacional", capaz de fervilhar seu pobre coração. Uma oferta como essa é imperdível! Quem não vai querer comprar nossa camisa "Brasileiro eu sou!"?
Mas antes de desperdiçar seu dinheiro, pense um pouquinho: Você ama seu país?
Sua resposta imediata seria um sonoro "sim". Ainda mais que ninguém deseja ser chamado de anti-patriota. Mas insisto na pergunta: você realmente ama seu país?
Todos nós reclamamos da corrupção escandalosa típica do Brasil. Amamos a generalização das classes. Dizemos com toda indignação " todo político é ladrão!", "todo policial é corrupto!" e assim por diante. Não paramos pra pensar nas pequenas corrupções do cotidiano.Furamos filas, copiamos cd's e dvd's, roubamos informações na hora da prova, praticamos justiça com as próprias mãos. E para piorar, ainda vendemos nosso voto.
Talvez, você pense que este papo não é pra sua vida. É mais confortável pensar que o problema não é contigo. Porém, no amanhã a bola poderá estar com você. O que fará com ela?
Nos acostumamos a só pensar num assunto quando somos atingidos por ele. Enquanto isso não acontece, deixamos as coisas rolarem. Entretanto, somos um povo lutador. Nossos pais tiveram uma história de luta contra a ditadura que devia servir como exemplo maior. Mas ao que parece esta história está sendo esquecida. Cabe a você, lembrá-la.
Não use a camisa do patriotismo. Ela é apenas um instrumento publicitário. Não conscientiza a ninguém. Não abre os olhos de ninguém. Apenas conforma, desiforma, aliena.
Seja um descamisado.
Ame o seu país por aquilo que ele é e não pela imagem fictícia que é passada. "Camisas patrióticas" só atrapalham.
Você realmente ama seu país?
Então comece a entender que ele está bem perto de você. Do seu lado. O seu próximo é o país que você tanto ama. Ele é quem precisa de uma ajuda real em vez de uma ilusão passageira.

Gilberto Nunes, professor da Escola Padre Maurício e aluno de Letras da UEMA (gilnunes16@hotmail.com)

Eu já! E você?

Ele era um garoto típico da sua idade: hormônios em ponto de ebulição.
Todo mundo já tinha "pego" alguém. Só ele que não! Até a "Dadinha", a menina mais requisitada da comunidade, não quis nada com ele. Parecia que, aos 14 anos, estava condenado a ser o último adolescente virgem. Era chamado de "otário", "cabacinha" e outros nomes impublicáveis. Ficou de saco cheio e decidiu tomar uma atitude. Procurou uma doidinha qualquer( com mais idade, é claro) e financiou uma campanha de divulgação de seus nobres feitos sexuais. Com um pouquinho de exagero, é verdade. Mas você sabe como é: a imagem é tudo!
Parece brincadeira, mas o conflito emocional relatado acima é mais comum do que se imagina. Vivemos na era do "quanto mais cedo, melhor". Então, por que com o sexo seria diferente? Convido-lhe a pensar de outro modo. A maioria nem sempre está com a razão. Às vezes, nunca está!
Pense um pouco. Mas pense focalizando em você! Estaria pronto para uma relação sexual, com tão pouca idade? Pronto para assumir as responsabilidades de um relacionamento?
Sei que isso parece caretice, mas convido-lhe a pensar um pouco mais.
Sou obrigado a ter uma relação sexual só pra fazer parte da turma? Só pra aumentar meu ibope?
A sociedade impõe uma visão distorcida sobre relacionamentos sexuais para adolescentes como você. Programas como "Malhação"( Ou será "Ficação" ) mostram uma visão utópica do sexo entre adolescentes. Onde estão as doenças sexuais que proliferam por causa da prática antecipada e sem responsabilidade do sexo? Onde está a AIDS, que cresceu de forma absurda entre adolescentes dos 13 aos 17 anos?
Sexo é benção de Deus, mas deve ser praticado de forma responsável, no momento adequado.
Ser virgem não é algo vergonhoso. É uma postura pessoal que deve ser respeitada.
Todos nós desejamos fazer parte de uma turma. Mas a "turma" tem o direito de comandar suas opiniões, seu modo de pensar?
Onde termina a amizade e começa a manipulação?
Eu já tomei posição sobre isso. E você?

Gilberto Cardoso, professor da Escola Padre Maurício e aluno de Letras da UEMA (gilnunes16@hotmail.com)

terça-feira, 20 de maio de 2008

Homens de Deus?

Estaria no meio evangélico o governante ideal para esta nação?
Tendo em vista aqueles que já se levantaram almejando ao cargo maior da política brasileira e defendendo uma campanha dentro dos desígnios divinos, chega-se a a uma conclusão negativa à pergunta inicial.
A manipulação de massas é apenas uma entre várias maneiras errôneas do uso da fé sobre indivíduos facilmente influenciáveis. O líder espiritual focaliza determinado candidato, taxando-o como "escolhido do Senhor" ou "Servo do Diabo", sendo em seguida aclamado como profeta de Deus que trouxe a orientação adequada ao seu povo.
Tudo por causa de um planejado jogo de interesse que guia a política evangélica brasileira. É claro que há exceções. Mas em sua maioria, o erro tem prevalecido como marca da administração dos "Homens de Deus". Tome-se como exemplo, o Garotinho carioca com seu populismo peculiar em sua caminhada rumo `a Brasília.
O assunto requer a devida atenção, pois em tempos pré-eleitorais, igrejas são um grande palco para a propaganda política disfarçada em mensagem fraternal.
E Deus?
Talvez esteja indeciso entre tantos homens ungidos para apoiar.
Ou talvez, esteja cansado de tantos proferirem palavras em Seu nome, sem Ele próprio dizer coisa alguma.

Gilberto Cardoso, professor da Escola Padre Maurício.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

" Ou ficar a Pátria livre..."

Você consegue ver as grades? Quase ninguém consegue.
A culpa não é sua. Somos ensinados desde cedo a não enxergar. Construíram a nação em cima de um monte de mentira. A independência é uma delas. Uma grande piada de mau gosto. O Brasil dos livros escolares foi forjado, modificado, melhorado. Não é o país que você encontra todo dia. Em tempos como este, o patriotismo anda em alta. Desfila pelas avenidas das cidades. Ainda que as cidades estejam um caos, a tradição deve ser mantida.
Portanto, pense e não seja um "patriota".
Ame o seu país e seja um brasileiro.
Os patriotas querem que as coisas continuem como estão pois só ligam para o seu próprio pé. Não conseguem olhar para os lados. Não conseguem olhar para o tamanho do Brasil
Ainda não somos independentes. Sofremos uma ameaça de recolonização constante por parte do Tio Sam. O FMI decreta o FIM da soberania econômica do país. Infelizmente, somos um país com índice de desigualdades sociais gigantescos. Dá até vontade de desistir de tudo.
E é quase isso que vamos fazer.
Vamos desistir de sonhar por um país melhor. Sonhar não custa nada, mas também não transforma nada.
Somos agentes transformadores da sociedade. Em vez de celebrar a "independência", reflita sobre a situação em que o país se encontra. Sair desfilando pelas ruas não é exemplo de patriotismo.
Patriotismo é amar as pessoas que formam o país. Lutar pela independência é lutar para que essas pessoas tenham uma vida digna.
Enquanto escrevia este texto, conheci um típico brasileiro. José. Apenas 22 anos. Semi-analfabeto. Mãos calejadas pelo trabalho. Simplicidade recheada de modos "rudes". Pai de uma criança de 2 anos. E com um carisma incrível.
São pelos "Josés" da vida, que não tiveram oportunidade, que devemos lutar. É por eles, principalmente, que o governo deveria olhar. José não teve oportunidade de construir uma vida melhor, mas ainda assim é capaz de sorrir ao falar de sua história.
José é a cara do Brasil. Um Brasil sofredor e lutador, que não perde a esperança de ser feliz.
Somos um país de "Josés", "Marias", "Chicos". Vencedores anônimos. Campeões da vida.
Filhos de uma pátria que anseia por liberdade, mesmo não sabendo o que essa palavra quer dizer.
Gilberto Nunes, professor de língua portuguesa

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Pior com ela! Melhor sem ela? / Melhor sem ela! Pior com ela?

PIOR COM ELA! MELHOR SEM ELA?
Quatro anos! É o tempo que temos que esperar até o amor a pátria aparecer no peito e pintar aquela vontade de usar algo verde e amarelo. É verdade que é um patriotismo meio duvidoso, mas típico de uma nação onde reina a impunidade por causa da imunidade dos poderosos.
Por isso, precisamos de distração. Precisamos de uma fonte de orgulho.
Não somos bons da cabeça, tivemos que ser bons dos pés. Chame isso de "um mal necessário".
Vamos continuar como uma nação subdesenvolvida. Subdesenvolvida penta-campeã.
Por isso, a Copa é necessária.
Pelo menos, nela podemos dar o troco em nossos colonizadores. E vamos atrás de mais uma estrela, mesmo sabendo que seu brilho tem curta duração.
Tudo bem! Nosso patriotismo também tem!!!
MELHOR SEM ELA! PIOR COM ELA?
Quatro anos! É o tempo que o brasileiro leva pra se preparar para a onda do "patriotismo".
Patriotismo de mentira em um país que carece de verdades.
É. Esse é o vício da Copa. Ficamos piores com ela?
Às vezes, é necessário desviar os olhos daquilo que nos preocupa, que nos incomoda . Logo a Copa é essencial. O país não fica melhor com ela, mas que tudo fica mais colorido, isso ninguém pode negar.
Violência nas cidades? Vamos colorir. A realidade não é bem aquilo que nós queremos? Verde e amarelo nela.
Seria até legal, se realmente funcionasse. Os problemas que temos são mais profundos. E não adianta transformar a Copa no "Cristo" da vez. Ela vai e vem e os erros do Brasil continuam.
Precisamos evitar que eles continuem. Atacando as causas e não as consequências.
Gilberto Nunes, professor da Escola Padre Maurício.

Paz, carnaval, futebol! Não mata, não engorda e ... não faz mal?

Folia. Ela ocupa um lugar preferencial em nosso país. E não é novidade que ela acaba ocupando o lugar de outras necessidades primárias. A folia gera um aumento no comércio, impulsiona o turismo. São fatos inquestionáveis. Mas em um país como o nosso, tão afogado em problemas, é possível ter tanta festa em um espaço tão pequeno de tempo?
É fundamental preservar a cultura, mas como fazer isso com a barriga vazia?
As principais cidades brasileiras são sitiadas, vítimas da violência. As populações mais pobres saqueiam prédios públicos. A miséria cresce a cada dia, não só no Nordeste, mas no país todo. Diante de tudo isso, como é que ainda podemos ter como prioridade a folia?
É duro admitir, mas o Carnaval faz mal ao Brasil à medida em que é usado como um instrumento de comodismo, de conformação, de "alívio" para os problemas existentes. Sem falar no aumento da violência( por causa do consumo excessivo de drogas legais e ilegais), na gravidez precoce( por causa da falta de orientação e do incentivo ao sexo nesta época do ano) e na má utilização do dinheiro público( gasta-se rios de dinheiro nas "festas" e dá-se "banana" para outras aréas que realmente são fundamentais)
Você não precisa concordar com o que acabou de ler, mas pense a respeito.
É algo que você ainda pode fazer.
Mesmo que alguns queiram que você mande seu cérebro para um Cruzeiro de férias. Em uma viagem só de ida.

Gilberto Nunes, professor da Escola Padre Maurício.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Chega de Deus!!!

Para o Brasileiro, Deus está presente em cada momento do dia:" conseguir subornar o guarda de trânsito, graças a Deus!; Deus me ajudou a passar na escola, ainda que eu não tenha realmente aprendido nada; Vou me vingar de quem fez mal pra mim, em nome de Deus". Usamos Deus pra tudo.. Até dizemos que Ele é brasileiro. Bom , se ele for, é um brasileiro omisso. Já viu a quantidade de problemas existentes no país? País considerado a maior nação católica-cristã da América. Entretanto, que tipo de Deus é adorado neste país? Que diferença a fé em Deus trouxe para os brasileiros?
O problema é a relação entre a fé que tenho e aquilo que eu faço. O mesmo pilantra que desvia dinheiro público, que poderia ser usado para a melhoria de vida da população, é presente todos os domingos nas atividades da Igreja. O mesmo indivíduo hipócrita, imoral, invejoso, arrogante e outras coisas mais é o primeiro a contribuir com os dízimos e ofertas da igreja. A verdade é que se Deus fosse realmente seguido, não teríamos a sociedade que temos hoje. Então, chega de Deus. Os seguidores de Deus só atrapalham a nação. Dizem que matam em nome dele. Fazem acepção de pessoas por causa da cor, do sexo ou da religião. Tudo em nome dele. Só pensam em suas próprias necessidades e esquecem dos outros. Conjugam o pronome "eu", mas desconhecem o "nós".
Pare e pense na sua vida. É preciso conhecer Deus. Não o Deus das religiões, mas o Deus de amor que manifesta-se toda vez que você ama o seu próximo. Esse é o Deus que o mundo precisa. O mesmo que pode mudar sua vida.

Gilberto Nunes,professor e um cristão cansado de "Deus".

domingo, 4 de maio de 2008

Cara, como eles são ruins de bola! Mas... e daí?

Só na Copa mesmo! A maior potência mundial foi abatida pela África. África que tanto sofreu nas mãos dos colonizadores, mas o time de Gana deu o troco em cima dos americanos. Também, bem feito pra eles. Quem mandou investir só em educação, em infra-estrutura, em armas, na economia, na cultura? Eles só ligam pro basquete. Aí, deu no que deu. E o Japão? Até agora deve estar com os olhos esbugalhados por causa do "massacre" imposto por nosso país. Entretanto, acredito que os japoneses não aprenderam a lição. Vão continuar gastando dinheiro com avanços tecnológicos, com saúde, em programas educacionais. Desse modo, nunca vão ser campeões. Deviam aprender com o Brasil. Em vez de perder tempo, aplicando esforço e esperança em vários setores, escolhemos um só. E olha aí o resultado!
Mas não desvia o olhar para outras áreas, não. É no futebol que somos incomparáveis. Não importa a corrupção, a miséria, a violência, o caos na educação. Com o futebol, nós lavamos a alma. Mas parece que ela não fica limpa durante muito tempo.
Então , por favor, mais Copas do Mundo. Assim nosso patriotismo pode crescer e quem sabe virar realidade um dia.
Enquanto isso não acontece, vamos continuar rindo das grandes potências, que são uns pernas-de pau no futebol.
Eles são ruins demais. Mas, e daí? Que diferença isso fez pra eles?
A gente bem que podia trocar de posição com eles. Já imaginou?
Não seríamos campeões da Copa, mas teria muita comida na copa de cada brasileiro.
Pense nisso!

Gilberto Cardoso, aluno da UEMA e professor de português da Escola Padre Maurício.

Quebrando na idéia.

"Na hora da prova, o cara do lado bancou sujeira e não quis passar pesca?Deixa quieto! No intervalo, você dá um corretivo nele. O moleque gaiato xingou tua mãe? Não vacila! Quebra logo a cara dele pra ele ter respeito. O filhodamãe tá zoando com a tua cara? Nem pensa! deixa logo ele banguela. Ou você prefere levar o desaforo pra casa, pra debaixo da proteção da mamãezinha, tipo um bebêzinho chorão que fez totô na fraldinha?"
( "Conselho" extraído do site www.queroquebraracaradealguem.com.br )

Vivemos em uma cultura de violência. Queremos ver sangue jorrando, braços quebrando, dentes caindo. Desde, é claro, que não seja conosco. É como se fosse um filme, onde o vilão sempre tem que se ferrar. Tem que ser punido pelo mal que cometeu. E, de preferência, punido com bastante violência. O problema é que na vida real, as mortes também são reais. A criançada de hoje está tão acostumada com a violência que a descoberta de um cadáver nas ruas parece um evento de entreternimento.
É preciso parar com essa banalização da violência. A tolerância, o diálogo devem ter vez em nosso meio. Não adianta matar o bandido. è preciso impedir que ele nasça. E nós podemos fazer algo a esse respeito. Desenvolva a prática do " quebrar na idéia". Ou seja, resolver as diferenças, os conflitos através do diálogo. É difícil, mas acredito que é possível. Desse modo estaremos construindo uma sociedade onde textos como este não precisarão ser escritos.
Pense nisso!
Gilberto Nunes, professor de língua portuguesa.

Presidente também chora. E o povo?

As lágrimas de Lula são tocantes.
Tocam no fundo da barriga de milhões de brasileiros,vítimas da miséria, da fome. Brasileiros que, infelizmente, por não terem acesso a uma educação de qualidade são levados a acreditarem em tudo o que o governo diz.
E o governo tem dito muita coisa atualmente. Os discursos do presidente são a piada do ano. Dá pra acreditar neles? É mais fácil acreditar no Papai Noel.
O bom velhinho, ao menos, só aparece uma vez por ano. Já Lula tem sido onipresente pra tentar limpar a imagem do governo. A questão é que tal limpeza não deveria ser necessária.
O pior do atual governo é que ele não é atual. É o mesmo do passado. Só mudaram as letras do partido, mas as políticas públicas são as mesmas.
E , para mantê-las, o presidente assumiu de vez a capa do populismo. Agora quer estar perto do povo. Inaugurando obras, programas sociais e , se preciso for, até mesmo em batizado de cahorro. Já chorou até ao lembrar da mãe. Algo normal. Natural. Entretanto, quantas mães choram pela morte dos filhos, quer pela violência social ou pela miséria, por causa dos governos que já tomaram as rédeas do país?
O presidente chora. E o povo mais ainda.
Eles choram de fome, por causa da falta de esperança, poruqe não tem perspectiva de futuro. Lula vai continuar discursando.
Denúncias vão continuar surgindo. Lágrimas presidenciais ainda vão rolar.
E o povo?
Adquiriu uma nova função: enxugar as lágrimas presidenciais com a força do voto.

Gilberto cardoso, professor da Escola Padre maurício

Dez cobriram o Brasil.

No princípio, a nação era produtiva e quase vazia. Então disse o colonizador: "Agora, tudo isto é meu". E foi o que aconteceu. Os primeiros moradores tentaram desbancar os novos inquilinos, mas o argumentos das armas foi mais enfático. Ou seria "enfártico?"
Entretanto, pra não dá bandeira( além da portuguesa) era preciso cobrir os fatos. Dez cobridores foram criados.
A política foi a peça chave. Através dela , cobriu-se a boa vontade daqueles que querem mudar algo, com o discurso do "isso tudo é sujeira".
Com argumentos assim, cobrir a educação até que foi fácil. E necessário. Um povo instruído é séria ameaça para nossos inquilinos.
E para não espantar a frequesia, escondamos a miséria. A pobreza é feia, suja, causa mal-estar. Abençoado seja o craidor dos sacos de lixo.
E, pro povo não reclamar, usemos o cobertor esportivo. Fala sério. É paixão nacional, orgulho patriótico, ainda que os "ronaldinhos" sejam escassos. E daí? O que vale mesmo é gritar "é campeão! Não importa de quê. Mas isso nós somos.
E os gritos viram embalos. E para não sair do compasso, cubra a música , por favor! Não invente. Não tente ser diferente. Pra que a inovação? Copiemos . E sem tradução. A língua dos gringos é "mais melhor de bom".
Tudo ia bem, mas começaram a reclamar. Pode? Êta, povinho ingrato. E pra não marcar bobeira, vamos levantar "poeeiraaaa", cobrindo com bastante folia nossa ilha da fantasia. E olha que isso aqui tá muito bom. Isso aqui tá bom demais. Olha quem tá fora quer entrar e quem tá dentro não saí.
Mas, não é que alguns resolveram sair? Ou melhor, foram expulsos por uma tal de "realidade". Sempre ela . Criaturinha mais teimosa. Ela aponta para a ausência de empregos.
Aí, você já sabe né? "Vamos cobrir em outro lugar, baby. Vamos cobrir".
Com as mazelas escondidas, vamos lidar com a realidade. Ser "amigo" dela. Retratá-la com a nossa câmera. Agora você pode tentar se vê na TV. Não repare se for um pouco difícil. A TV também foi coberta, pois como se sabe " a programação existe pra manter você na frente da TV. Que é pra te entreter, que é pra você não vê que o programado é você.
Mas, esse papo não é novidade. Assim como também não é novo o cobertor religioso. Lembra? Os primeiros "inquilinos" usaram a fé como instrumento de dominação, colonização. E pra alguns isso continua até hoje.
A cobertura do Brasil é tão bem feita que não se percebe a cobertura da consciência. Pois é. Nossa consciência também foi coberta. Só assim pra entender como séculos passaram e o país nunca foi descoberto de verdade.
È preciso descobrir o Brasil. Não o país dos livros "didáticos", dos discursos políticos. Mas sim, o país real. Aquele cheio de falhas, problemas e ,ao mesmo tempo, com soluções tão próximas.
Podemos comemorar o descobrimento?
Podemos. Mas pra valer, só quando ele acontecer.

Gilberto Cardoso, professor de língua portuguesa da Escola padre Maurício

Porque nesse jogo você sempre vai perder.

Ano após ano, discurso após discurso, uma mensagem é transmitida: " é possível mudar a nação através do voto". E isso é verdade. Mas não é realidade.
E da maneira como estamos indo, nem vai ser. Temos uma estrutura político-social deficiente, que gera desigualdades. E não adianta prometer planos de governos maravilhosos se as " regras do jogo" sempre irão beneficiar a minoria que detém o poder.
É triste ver nos olhos dos brasileiros sofridos deste país o brilho da esperança depositada em algum político pilantra que representa a mesma e velha estrutura monopolista que torna o Brasil campeão em desigualdades sociais.
E nosso Estado? A oligarquia manda e desmanda. manipula informações. Compra a "oposição". E a própria usa o discurso da "mudança já."
Mudança? Mudar o quê? A mudança não ocorre. Aqui existe uma troca de posições. Troca-se um representante político descomprometido com o povo por outro da mesma espécie.
É preciso entender que eleição no Brasil é uma grande farsa. Não é feita com o objetivo de transformar alguma coisa. Serve apenas para manter a estrutura do país do modo com estar. Os mesmos politicos que roubam a nação sustentam a idéia das eleições como instrumento de mudança social. Entretanto, não permitem que a educação chegue até a população. Impossibilitam a construção de um povo consciente, capaz de compreender as mensagens por trás dos belos discursos proferidos nas propagandas políticas.
E desse modo quem sempre perde é o povo. Que acredita nas mesmas palavras repetidas eleição após eleição.
Mas também, como não acreditar? Em um sistema político onde a propaganda ocupa o lugar das idéias, as pessoas são facilmente conduzidas a fazer o que os "donos do poder" querem.
É por isso que você sempre perde. As regras são injustas. Favorecem só um lado. o menor e mais forte. O lado que monopoliza o dinheiro.
Dinheiro que é de todos e poderia servir para todos, mas permanece guardado na conta de alguns.
Pense nisso!

Eu sou brasileiro... e não existo nunca!!

Mensalões, sanguessugas, ambulâncias, navalhas.
O espaço é pequeno para listar a quantidade de escândalos que afloram em nosso país. País tão bagunçado, tão mal-tratado, cuja justiça foi morta e enterrada há anos.
E o brasileiro?
O brasileiro é estimulado a jamais desistir, a continuar lutando pois há uma grande vitória esperando-o no final da peleja. Agora pensemos um pouco: dá pra acreditar nisso?
Para os governantes, o brasileiro não existe. É apenas uma "coisa" que vai ser usada para o benefício dos poderosos. A imagem do poder não vai bem? Abrace o brasileiro, diga-lhe que o ama, estimule-o a estar sempre do seu lado. E... pronto! A estrutura desigual é reestruturada. Estrutura que é sustentada pela mídia.
Na atual crise política, não existe mocinhos. Os dois lados são compostos por bandidos, pilantras que brigam entre si para ver quem manda mais, quem manipula mais. Cada lado tem sua própria rede de comunicação e passa a imagem que quer passar.
E o brasileiro?
Coitado, aceita tudo que lhe falam vai acreditando, vai levando a vida. Só não sabe pra onde.
Neste imenso país, existem milhões de brasileiros que não têm acesso a uma educação de qualidade e posteriormente nem têm noção do que fazem com a nação, com suas próprias vidas. O futuro para eles é algo incerto sem esperanças.
Cabe a aqueles que conseguem enxergar a responsabilidade de lutar por uma nova estrutura social, por todos os brasileiros que não "existem", mas que têm direito a uma vida digna.
Ao menos isso.

Gilberto Nunes, professor batista e filiado ao PSOl.

A primeira vez de Grazi!

Ela sempre esperou por isto. Achou que já tava na hora, que era o momento ideal. Então, o medo surgiu. Será que ia gostar, que ia saber fazer tudo certinho? E se algo desse errado?Poderia ficar com algum trauma. Era um momento de grande dúvida. Afinal, era a sua primeira vez.
Não queria errar. Escolheu o mais bonito, o que tinha um melhor acabamento. Já tinham se visto antes. Já haviam trocado alguns "olhares". Ele parecia o par perfeito.
E realmente era. Parecia que ele a conhecia de longa data. Tinha sempre uma palavra de conforto, de carinho. Ele a fazia rir , chorar, amar. Foi uma inesquecível primeira vez.
Mas como dizem, "o que é bom dura pouco". A relação chegou ao fim. E ela não ficou triste não. Havia descoberto uma grande fonte de prazer e sabia onde tinha mais.
E foi atrás de outro. E outro. E não parou mais.
Hoje, ela está com dois ao mesmo tempo. E sabe dividir seutempo, dedicando a devida atençaõ a cada um. Cresceu com estes relacionamentos e tornou-se mais feliz.
Grazi conheceu o prazer. O prazer da leitura. Prazer que só um bom livro traz para aquele que o procura.
Você também pode sentir o mesmo. Há bons livros perto de você. São amigos que podem lhe ensinar várias coisas. Basta que você os abra e inicie uma relação que só lhe trará benefícios. Talvez, sua primeira vez com um livro já tenha acontecido.Ou talvez, ainda não.
Seja como for, chegou a hora! Hora de conhecer um livro e o prazer que ele dá.

Gilberto Cardoso Nunes, professor de Língua portuguesa da Escola PadreMaurício e aluno do curso de Letras da UEMA (gilnunes16@hotmail.com)

Quem sou.

Texto escrito por Pedro henryque( meu "filho"), aluno do primeiro ano do curso de Desenho Gráfico do Cefet -MA

Não pergunte isso pra mim. Pergunte isso pra quem me conhece. Não sei quem sou, e acho a coisa mais normal não saber, pois sou um pouco instável, tudo depende da hora, lugar, o que se passa na minha cabeça. Agora sou apenas a projeção de um escritor que descarrega sua biografia momentânea com medo de que ela desapareça, pois mais tarde posso não ser mais quem estou sendo agora.
E apesar de não saber quem sou, sei quem posso ser e sei onde posso chegar. É. Até parece loucura.É como um jogo. A visão errada que alguns tem de mim é controlada por mim. Além de ser momentânea ,é como uma vidraça que embaça minha imagem.E o melhor é que um dia ela quebra. Um dia, eu a quebro.
Como? Fazendo com que todos ou a maioria me conheça de verdade. Mostrando onde já estou e onde posso chegar.
Como já disse, só os que me conhecem sabem quem sou. Ou que talvez conhecem a melhor pessoa que existe em mim.

Dando Língua pro povo!

Durante muito tempo, a Terra foi o centro do universo.
Durante décadas, o criacionismo fincou os pés como única alternativa possívelpara explicar o surgimento da vida no planeta.
Entretanto, o avanço daciência ofereceu outras formas de ver o mundo. Então, por que no que se refere à língua, prevalece a visão de que as pessoas não sabem falar,que falam quase tudo de forma errada?
Por que as ciências da língua não avançaram em suas descobertas eliminando o conceito de "erro?"
Para entender o problema, é preciso compreender as causas. Existe um processo de dominação ideológica por trás da idéia de que "falamos tudo errado". Tira-se do indivíduo um bem íntimo, precioso: a capacidade, o direito de expressão livre.
E mais: como na cabeça de muita gente aquilo que é errado é ruim, não presta, acaba-se destruindo a auto-estima daqueles que não falam segundo o padrãoestabelecido.
Estabelecido por quem? Pelos "donos do poder, que não desejam que o povo cresça, se desenvolva.
É mais fácil conduzir o rebanho que estar conformado com a sua situação.
O governo não dá educação, saúde, alimentação, lazer de qualidade pra pessoas. Mas língua, ele quer dar.
É importante pensar no assunto e mudar nossa visão para que não sejamos vítimas daqueles que se consideram donos de todo conhecimento.
Não aceite os preconceitos linguísticos que afetam nossopovo e nem os alimente. Desenvolva sua capacidade linguística diariamente e aprenda o prazer de uma comunicação eficiente.
Não aceite a língua que te oferecem constantemente.
Você já tem uma. E sabe usá-la muito bem!

Gilberto Nunes, professor e estudante de Letras da UEMA

A Coca não cola e outros absurdos dos dias atuais.

.Observação importante: este texto foi escrito em 2006. Mas só estou publicando agora.


Nada importante aconteceu hoje...

Mais uma avaliação do ensino público estadual: no último vestibular da Universidade Federal, sobraram 600 vagas que não foram preenchidas, ainda que estejamos contando agora com o "ideal" sistema de cotas. Como a maioria dos vestibulandos é oriunda de escolas públicas, pergunta-se " O que acontece com o Ensino Médio no Maranhão?"
O mesmo que acontece com o Fundamental e o Básico. Faltam investimentos adequados, mão-de-obra qualificada e respeito à educação. Sem falar que os alunos em sua maioria são estimulados a "decoreba" e ao estudo de assuntos que em nada contribuem para sua formação como ser humano crítico.
Criticidade que falta nesta nação de tantas Navalhas e nenhum corte significativo. A não ser aos cofres públicos que mais uma vez serão legalmente lesados por causa de mais um aumento salarial concedido aos nossos ilustres governantes. Governantes caras-de-pau, mas que foram eleitos "democraticamente" e usam e abusam do poder em benefício próprio.
E não só aqui, mas em toda a América "Latrina"( como diriam alguns!). Veja a Venezuela e o seu protótipo de ditador, Hugo Chavez, que literalmente tem achave do país nas mãos e prende e solta quem quer abusando da autoridade constituída para calar qualquer oposição ao seu governo(?) democrático(???).
Cadê a ONU? Ainda sem credibilidade por causa do suposto "Dono do Mundo" e sua ocupação iraquiana que já matou mais pessoas do que o atentado de 11 de setembro.
E nós com isso? Vivemos uma situação semelhante na guerra cívil não-declarada do Rio de Janeiro. Nossos irmãos cariocas vivem no Iraque sem sair do Brasil. E a competente polícia brasileira ainda mata inocentes alegando que são bandidos.
Bela justiça. Justiça que manda prender e no outro dia manda soltar. Nem adianta comemorar a prisão de um corrupto. Não dá tempo. Antes de você pular, ele já está em casa comendo caviar. Comida nobre que muita gente neste país nunca viu, nem comeu, nem ouviu falar.
Pessoas que convivem com a miséria constante enquanto as multinacionais só prosperam explorando a falta de educação do povo. É tanto "Experimenta", Tabaco e "Emoção pra valer" que não dá pra aguentar. Esse papo não Cola mais. Desse modo a cultura do país é jogada no lixo em uma lata globalizada com listras vermelhas e azuis.
É nada importante aconteceu hoje.Pelo menos é o que muita gente pensa. E enquanto isso as coisas vão acontecendo de forma silenciosa, na calada da noite. E a sociedade vai se deteriorando cada vez mais.
Mas, existe uma luz. E ela não está no fim do túnel. Está em você. Em suas mãos.
Na sua capacidade de adquirir informação e construir sua própria formação. De princípios. De caráter.
E tentar viver o conselho dado pelo escritor inglês Bernad Shaw: " O pior pecado contra nossos semelhantes não é o de odiá-los, mas o de ser indiferente para com eles".

Gilberto Nunes, professor da Escola Padre Maurício e filiado ao PSOL.