domingo, 4 de maio de 2008

Quebrando na idéia.

"Na hora da prova, o cara do lado bancou sujeira e não quis passar pesca?Deixa quieto! No intervalo, você dá um corretivo nele. O moleque gaiato xingou tua mãe? Não vacila! Quebra logo a cara dele pra ele ter respeito. O filhodamãe tá zoando com a tua cara? Nem pensa! deixa logo ele banguela. Ou você prefere levar o desaforo pra casa, pra debaixo da proteção da mamãezinha, tipo um bebêzinho chorão que fez totô na fraldinha?"
( "Conselho" extraído do site www.queroquebraracaradealguem.com.br )

Vivemos em uma cultura de violência. Queremos ver sangue jorrando, braços quebrando, dentes caindo. Desde, é claro, que não seja conosco. É como se fosse um filme, onde o vilão sempre tem que se ferrar. Tem que ser punido pelo mal que cometeu. E, de preferência, punido com bastante violência. O problema é que na vida real, as mortes também são reais. A criançada de hoje está tão acostumada com a violência que a descoberta de um cadáver nas ruas parece um evento de entreternimento.
É preciso parar com essa banalização da violência. A tolerância, o diálogo devem ter vez em nosso meio. Não adianta matar o bandido. è preciso impedir que ele nasça. E nós podemos fazer algo a esse respeito. Desenvolva a prática do " quebrar na idéia". Ou seja, resolver as diferenças, os conflitos através do diálogo. É difícil, mas acredito que é possível. Desse modo estaremos construindo uma sociedade onde textos como este não precisarão ser escritos.
Pense nisso!
Gilberto Nunes, professor de língua portuguesa.

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