domingo, 27 de abril de 2008

Programando a Imaginação. Imaginando a Programação.

Em algum ponto do universo, ela brotou. Primeiro, discretamente. Meio tímida. E rapidamente espalhou-se. Criou um mundo. Seu mundo. Um lugar das idéias. Um lugar onde tudo se cria, nada se copia. A imaginação nasceu e estava sedenta. Queria habitar em outras moradas. Outras mentes. Em todo o planeta, via-se uma época de desenvolvimento, crescimento. E isso não era bom. Não era bom pra aqueles que detinham o controle. Era preciso mudar o canal. Apagar a programação que não tinha sido programada. TV não é pra se vê. Não! Ela é que vê você. Sabe do que você precisa, do que você precisa, do que você gosta , quem você é. Sabe a receita do sucesso. E como conseguir sua atenção.
E começou uma batalha cujo prêmio é a mente. A luta foi árdua. Imaginação de um lado. Reprodução de outro. Einstein disse certa vez que “ a imaginação pode levar você a qualquer lugar”, mas o sistema dominante diz que “ qualquer lugar é este lugar”. Por isso a nação ficou tão estagnada. Estão tentando barrar o caminho da imaginação, da criatividade.
É um controle tão bem controlado que você nem o percebe. Repete idéias, conceitos, ideologias pré-estabelecidas por aqueles que estão com o controle da programação nas mãos. É preciso mudar o roteiro deste filme. Só assim, o final dele pode ser feliz. A imaginação, a criatividade, a criação devem ser resgatadas do lugar escuro onde a colocaram.
A produção de idéias deve ser estimuladas constantemente. Observe a programação que lhe oferecem. Nela, existe espaço para suas idéias, para suas opiniões? Ou há apenas uma norma a ser seguida, um padrão a ser obedecido?
Pense. Quando Morfeu vai despertá-lo da Matrix? É difícil acordar, mas a dura realidade te espera.

Gilberto Nunes, professor de Língua Portuguesa e estudante de Letras da UEMA.

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