"99% de nossos alunos de nível médio estão entrando para a universidade (quando entram!) sabendo mais de Ronaldinho Gaúcho, que sobre o autor de A Capital Federal e 99,5% da população de um modo geral nem nunca ouviu falar sobre o indivíduo".
Ubiratan Teixeira, escritor maranhense.
A citação acima de nosso conterrâneo e talentoso escritor foi retirada de um recente artigo jornalístico. E ela nos leva a pensar sobre um problema sério, mas de real solução: A ignorância sobre a obra e pessoa de Artur Azevedo por grande parte de nosso povo.
Como isso é possível?
Não sei ao certo, mas algo ficou claro aos meus olhos. Artur Azevedo precisa ser conhecido. Não para o seu bem ou a sua glória. Isso ele já conquistou e ninguém há de tirá-la. Ele deve ser conhecido para o nosso próprio bem, para o bem da cultura brasileira. Suas peças, contos e crônicas são de uma atualidade impressionante. Elas ensinam, fortalecem e propiciam o crescimento de qualquer um que as lê.
É certo que por "conhecido" refiro-me a não somente saber o seu nome. O belo Teatro na rua do sol já faz isso muito bem.
Conhecê-lo é ler seus textos, estudá-los, transmiti-los a outras pessoas. Principalmente às gerações mais novas. Como educadores que somos, temos não só o desejo mas até mesmo a obrigação de assim fazer.E num País e Estado, onde pouco se valoriza o que é nosso, da terra, Artur Azevedo deve ser visto como aquilo que ele sempre foi e o é para os poucos que têm acesso aos seus escritos: um patrimônio literário nacional. Não é apenas para ser celebrado, lembrado. Deve ser, principalmente, lido. È a leitura daquilo que ele escreveu que vai nos ajudar a tornar sua memória sempre-viva e presente, não só no seu centenário de ida para a eternidade, mas todos os dias.
Enfim, o mais adequado não é perguntar "O quê fazer com Artur Azevedo?".
Mas sim, "O quê Artur Azevedo pode fazer por nós?".
Gilberto Cardoso, professor de língua portuguesa.
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