sábado, 9 de agosto de 2008

A Prova não prova... mas aprova. E reprova!

Começou a temporada de caça. Caça às notas.
E é cada um por si e a "pesca por todos. Ao menos, é assim que funciona na maioria das escolas.
Por quê?
Não é complicado achar uma resposta. Quando a Educação("trazer para fora") é trocada pelo ensino("de fora para dentro"), o que fica é a sensação do Não-Saber. Não sabendo, você abraça a decoreba. Decoreba que é descartável, limitada e que não desenvolve a mente.
Ela rende aprovação, mas não traz conhecimento.
Entretanto quem está preocupado em obter conhecimento? O que importa é a nota! Você nota?
Compreende o que permanece por trás dessa maneira de pensar, de ensinar?
Essa prática gera "alunos", pessoas sem luz que precisam de notas padronizadas por um sistema educacional para se sentirem completos.
Entenda bem. O problema em si não é a prática da avaliação, mas a maneira como ela é encarada por professores e alunos. Ela não deve ser tábua de salvação para os estudantes e nem deve ser instrumento de punição para o professor usar no controle da turma.
Ela é parte de um processo educacional realizado diariamente na sala de aula.
Não deveria existir um "tempo de provas". Essa prática só condiciona as pessoas a serem "alunos". Pense um pouco e liberte-se da "tirania das notas".
Tenha cada aula como uma oportunidade de crescimento e os resultados esperados virão como consequência.
Enquanto uma mudança da atitude não acontecer, provas irão continuar aprovando, reprovando e condicionando. Fazendo com que você tire "dez" e coloque "zero" no tão precioso depósito, que é sua mente.

Gilberto Cardoso, professor de Língua Portuguesa.

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